Pague sua etapa: teoria das leis da imitação

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E se em um universo paralelo ícones da humanidade, responsáveis por feitos que são verdadeiros marcos, mudassem suas mentes e simplificassem suas ações seguindo instituições seculares?

Martin Luther King Jr., o pastor e ativista pelos direitos civis nos Estados Unidos, que liderou a luta contra a segregação racial e proferiu a famosa frase: “Eu tenho um sonho que um dia esta nação se erguerá e viverá o verdadeiro significado de sua crença“, falaria apenas: Eu tenho um sonho que essa nação PAGUE SUA ETAPA!

Mahatma Gandhi, líder da independência da Índia, defensor da resistência pacífica, ao invés de falar: “Seja a mudança que você quer ver no mundo“, bradaria: Não precisa de mudança, PAGUE SUA ETAPA!

Nelson Mandela, o político e líder sul-africano que lutou contra o apartheid e que, após 27 anos de prisão, se tornou o primeiro presidente negro da África do Sul, mudaria a marcante frase: “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo” para simplesmente: A arma mais poderosa é PAGAR SUA ETAPA!

E William Shakespeare? O dramaturgo e poeta inglês, autor de peças clássicas como Romeu e Julieta e Hamlet, faria este último trocar sua fala “Ser ou não ser, eis a questão” por: PAGAR A ETAPA ou PAGAR A ETAPA? Nem há uma questão!

Por fim, Marie Curie, cientista polonesa naturalizada francesa, não perderia tempo descobriu o polônio e o rádio, ou sendo a primeira mulher a ganhar um Prêmio Nobel. Ao invés disso ela mudaria sua famosa frase de: “Nada na vida deve ser temido, apenas compreendido” para: Apenas PAGUE SUA ETAPA!

Para a “sorte” da humanidade, fora da caserna o mundo avança e vai além de simples reproduções. Graças às pessoas que não se submeteram às simples etapas impostas, “problemas seculares” foram resolvidos, e assim a humanidade segue livre de engessamentos causados por mentes pequenas.

Reproduções de condutas

A reprodução de conduta pode ser um perigo em diversas áreas. Isso ocorre quando indivíduos ou grupos copiam comportamentos ou práticas de outros, sem avaliar a adequação ou legalidade daquilo que estão imitando.

Gabriel Tarde, um sociólogo francês do final do século XIX, desenvolveu a teoria das leis da imitação, onde a imitação é um fenômeno social presente em todas as áreas da vida, e as leis que regem essa prática são a lei da repetição, a lei da oposição e a lei da adaptação.

Para Tarde, a sociedade é uma reunião de pessoas que se imita, a sociedade é imitação, e a imitação uma espécie de sonambulismo. Resumidamente, são três leis:

  • Primeira lei: os homens imitam os outros na relação diretamente proporcional à intensidade dos contatos – Diga-me com quem andas e eu te direi quem tu és.
  • Segunda lei: os indivíduos das classes mais baixas imitam os das classes superiores.
  • Terceira lei: quando há uma contradição, o novo modelo substitui o mais antigo.

Em diversos contextos, a reprodução de conduta pode levar à disseminação de práticas ilegais ou inadequadas, aumentando o número de infratores/imorais e prejudicando a sociedade como um todo. Por outro lado, a imitação também pode ser utilizada de forma positiva, como no caso da disseminação de boas práticas e comportamentos éticos.

Por isso, é importante que os profissionais qualificados estejam atentos à reprodução de condutas e utilizem a lei de forma consciente, visando sempre o bem comum e a justiça social.

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