Possivelmente o orgulho e o medo de errar nos estimula a dizer o contrário, mas falar que não nos arrependemos de nada é jogar fora todo o amadurecimento como pessoa que adquirimos, em tese, ao longo dos anos…
Olhar uma situação passada com a cabeça de hoje e pensar que faria diferente é um caminho natural para pessoas que mudaram de alguma forma. Lamentável é pensar hoje com a cabecinha limitada que possuía 10 anos atrás.
Mas eu não diria que errei, não chega a tanto, vivi da forma que era possível e tomei as atitudes que a minha experiência permitiu. A impossibilidade de mudar o passado desvia-me de arrependimentos, ou ao menos afasta-me de usar essa palavra.
Não há meios para saber como teria acontecido, não há como ter experimentado algumas opções de vida e voltar para seguir o “caminho certo”. Verdade seja dita, com o tempo o melhor caminho surge para quem trilhou os caminhos difíceis da vida.
A questão basilar é que está feito, e depois de feito arrependimento algum muda o seu passado. Que seja válido para reavaliar o seu eu de hoje, evitar que algumas situações se repitam, mas sem o choro da lamentação.
Somos humanos, e o ser humano é essencialmente falho. Vive o que é possível viver naquele momento. Buscar uma existência perfeita, sem arrependimentos, é até possível, a impossibilidade encontra-se em alcançar esse objetivo.
Assunto chato, eu nem queria escrever…