E a perfeição de uma goiabeira é dando goiaba; de Salvador Dalí é pintando; de César Cielo são os 50m livres; a minha talvez seja dormindo e comendo, sigo com a dúvida.
Quando isso acontece, Aristóteles chamará de EXCELÊNCIA. Quando você a cada dia tira o que de melhor a tua natureza autoriza tirar. A excelência é a busca diária da perfeição e, portanto, uma superação de si mesmo. É isso que conferirá à vida o seu colorir, a sua felicidade.
O contrário disso é empurrar a vida com a barriga, mas de costas para a sua natureza você não terá ideia de qual seja a sua praia. E mesmo tendo a ideia, você se acovardou porque alguém disse pra você que fazendo aquilo você não ganharia dinheiro, não conseguiria ficar rico, morreria na indigência.
Então agora você preferiu viver a vida que os outros mandaram. E por ser assim, a sua vida nada tem a ver com a sua natureza. Você tá preparado pra dar goiaba, mas disseram que o “hype” é dar jabuticaba, pois a jabuticaba vale mais no mercado.
Agora você é uma goiabeira tentando dar jabuticaba, mas como não rola, cada dia é insuportável de ser vivido. Você acorda na segunda-feira já torcendo para que ela acabe, e quando 5/7 da semana acabar, você chamará de “happy hour”, a “hora feliz”, a hora que o trabalho acaba, quando mais de 70% da sua semana já passou. Perturbador né?!
Se a nossa vida tiver alguma chance de ser feliz, é aqui e agora, não depois. Porque é aqui que eu vou fazer melhor que ontem, melhor que na semana passada, melhor do que eu jamais fiz.
Longe de torcer pra passar logo, eu lamento que cada segundo tenha passado, pois é um segundo a menos em busca da minha perfeição pessoal.
Texto transcrito e adaptado da fala do professor Clóvis de Barros Filho.